II - Desafios na Implementação: Telefonia IP
Com as novas soluções de convergência baseadas em redes multiserviço, a implementação de soluções de Telefonia IP apresenta algumas vantagens na gestão comum dos recursos da infra-estrutura e pode apresentar ganhos significativos a nível da produtividade global. Contudo há que adequar o nível de serviço corrrecto função da natureza do tráfego - dados, voz ou vídeo - e de acordo com as necessidades de comunicação em tempo real especificadas pelas organizações.
Para atingir este nível de excelência vários são os desafios que se colocam na fase de projecto e de planeamento de uma solução de VoIP: Transmitir pacotes de dados contendo informação de voz em tempo real, com alta disponibilidade da infra-estrutura e garantindo o nível adequado de qualidade de serviço - QoS - em cada momento. Neste cenário ideal, a transmissão da voz através da rede de dados nunca seria sujeita a atrasos ou a flutuações. Contudo, a realidade pode apresentar-se negra, pois podem surgir alguns problemas que influenciam a qualidade na transmissão da voz.
Os factores negativos mais influentes são os relacionados com ecos, atrasos fixos e variáveis ao longo da transmissão, irregularidade na recepção dos dados de voz (jittering), compressão e perda de pacotes.
Normalmente o eco é causado pela proximidade do auscultador e do altifalante, embora exista sempre, só se tornando aborrecido se exceder os 25 ms. Diminuindo o volume de audição é possível minimizar este impacto. No caso mais radical, o eco, pode ser eliminado através de supressores de eco.
O pacote de voz ao longo do seu percurso na rede vai atravessar vários dispositivos - switches, routers, etc... - pelo que o tempo total, causado pelo atraso acumulado em cada um destes equipamentos, tem de ser calculado. Há básicamente dois tipos de atrasos: os atrasos fixos causados pela serialização do pacote, pelo tempo de processamento nos Codec e pelo tempo de propagação ao longo de todo o percurso; e os atrasos variáveis causados pela colocação dos pacotes em filas de espera para transmissão ou retransmissão e pelos processos que ocorrem em zonas de memória do receptor para eliminar os efeitos de variações na cadência de recepção dos pacotes (de-jittering). O valor aceitável de latência global pode variar entre os 150 e os 200 ms e o valor crítico é atingido aos 400 ms.
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